Os dervixes são monges muçulmanos que geralmente adotam uma vida nômade de abnegação e que fazem votos de pobreza, humildade e castidade.
A palavra dervixe vem do persa e significa monge maometano, há diversas grafias possíveis para estes monges, sendo as mais comuns além de dervixe, dervis e dervishe.
Os dervixes têm a sua origem em um dos momentos mais esplendorosos da historia do Islão durante o século XIII na Turquia. São um grupo que está agrupado dentro do sufismo , rama mística, filosófica, cientifica e poética do Islão.
Estes monges são vistos muitas vezes como mendigos, pedindo dinheiro, porém não podem gastar este dinheiro com eles mesmos, eles são obrigados a dar este dinheiro para outras pessoas pobres.
Há varias ordens de dervixes que apareceram e desapareceram durante os séculos e cada uma tem o seu fundador, seus trajes característicos e o seu ritual que pode variar podendo ser a repetição de frases sagradas ou danças giratórias, como as características da ordem Mevleví da Turquia.
Esta ordem de dervixes rodopiantes (dervishes mevlevíes), foi fundada pelo poeta Jelaluddin Mevlana Rumi no século XIII e centro desta ordem está em Konya, na Turquía cidade onde também atualmente descansam os restos mortais do poeta numa mesquita que foi convertida em museu.
Os mevlevíes deram ao mundo uma série de músicos e poetas dentre eles se destacam Sheikh Ghalib, Ismail Ankaravi e Abdullah Sari.
A ordem mevleví foi proibida na Turquia em 1923 por Kemal Ataturk, mas nos anos 50, o governo deu-se conta que a dança dos dervixes era uma grande atração turística e permitiu novamente que os dervixes mevlevíes realizassem a sua dança. Hoje em dia os dervixes costumam apresentar-se na Turquia em lugares turísticos e também em festivais estrangeiros de musica.
A dança giratória desta ordem é uma dança-meditação chamada de Sema que é unicamente masculina e é acompanhada por flauta, tambores e violinos chamados kamanché. A Sema somente foi proclamada como cerimonia mevleví em 2005 e em 2008 foi inscrita na lista representativa do Patrimonio Cultural Inmaterial da Humanidade da UNESCO.
Os homens giram sobre si mesmos com os bracos estendidos facilitando estados alterados de consciência e de êxtase místico. A essência deles é girar seguindo a direção do coração.
A mão direita coloca-se estendida com a palma da mão virada para cima e a mão esquerda se dirige para a terra. Desta forma os dervixes sao como um canal, os mediadores entre o céu e a terra. Assim, com este rodar rítmico, pretende-se entrar em união com o Todo e observar a face de Deus em todas as partes.
Vejam no video a seguir, uma apresentação de dervixes:
" Dançar para elevar-se, dançar baile de poesia, séculos de ciência, rotação na alegria, Alá é um grande sorriso. Dançarão, sim, dançarão durante toda a noite e muitos dias próximos, vão girar até ficarem exaustos, cairão no chão e cantarão suave e lentamente até o amanhecer. Dormirão para sonhar que são planetas, sois e astros errantes que giram à procura de Deus ".
El gran místico y poeta turco Mevlana Celaleddin Rumi nació en Belh, Afganistán, el 30 de septiembre de 1207 D. C. De acuerdo con Mevlana, el amor es lo único necesario para alcanzar a Dios.Mevlana exalta el estado de estar enamorado de una mujer puesto que si alguien ama a otra persona también se ama a sí mismo, a la humanidad y a Dios. El más bello amor, 'Amor a la Verdad', comienza cuando alguien alcanza este nivel de sabiduría. Los seguidores de Mevlana (Mevlevis) giran y giran en un ritual llamado Sema. Este ritual simboliza un mundo unido en el amor y que va paso a paso con la rotación universal del mundo. Mientras una de sus manos apunta al cielo, la otra apunta hacia la proyección del suelo. El Amor que proviene de Dios se esparce por la Tierra. Él quiere dar a entender que el universo es un lugar infinito dentro de la existencia de Dios y, como una pequeña parte del todo, el hombre conserva dicha esencia divina dentro de sí al decir: "Tú que buscas a Dios, es a ti a quien buscas..."
ResponderExcluirMevlana no fue únicamente un gran poeta y filósofo sino que, ante todo, fue un místico, un hombre espiritualmente tocado. Su mente y corazón habían alcanzado las alturas y profundidades del mundo espiritual. En su visión, existían dos universos que coincidían en el Hombre.
Poesia:
A través de la eternidad
La Belleza descubre Su forma exquisita
En la soledad de la nada;
coloca un espejo ante Su Rostro
y contempla Su propia belleza.
Él es el conocedor y lo conocido,
el observador y lo observado;
ningún ojo excepto el Suyo
ha observado este Universo.
Cada cualidad Suya encuentra una expresión:
la Eternidad se vuelve el verde campo de Tiempo y Espacio;
Amor, el jardín que da la vida, el jardín de este mundo.
Toda rama, hoja y fruto
revela un aspecto de su perfección:
los cipreses insinúan Su majestad,
las rosas dan nuevas de Su belleza.
Siempre que la Belleza mira,
el Amor también está allí;
siempre que la belleza muestre una mejilla sonrosada
el Amor enciende su fuego con esa llama.
Cuando la belleza mora en los oscuros vallecitos de la noche
el Amor viene y encuentra un corazón
enredado en los cabellos.
La Belleza y el Amor son cuerpo y alma.
La Belleza es la mina, el Amor, el diamante.
Juntos han estado
desde el principio de los tiempos,
lado a lado, paso a paso.
Gracias! Interesante el fundador de los dervishes melevíes...parece ser muy mistico...y muy sabio! Esa poesia parece que resume su linea de pensamiento..es bonita!
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